amis amour animal background belle bleu center chien coeur coeurs danse dieu
Rubriques
>> Toutes les rubriques <<
· FLORES CAMPESTRES CAMINHOS PEREGRINOS (137)
· TEMPS EN SUSPENS (86)
· OBRAS PESSOAIS / Oeuvres personnelles (49)
· CRÓNICAS SEM PÉS NEM CABEÇA (11)
· PUBLICATIONS, PUBLICAÇÕES OU ARTIGOS... (16)
· SÃO LETRAS, SENHORAS E SENHORES... (7)
este conto é uma ficção. http://aubaded elavie.centerb log.net
Par aubadedelavie, le 02.09.2013
perguntas duma adolescente no limiar do ano de 1962. http://aubaded elavie.centerb log.net
Par aubadedelavie, le 23.06.2013
image.: arranjo da autora.http:// aubadedelavie. centerblog.net
Par aubadedelavie, le 17.06.2013
obrigada antónio manuel. assim esperamos que se mudem as vontades.- e. m. v.http://aubad edelavie.cente rblog.
Par aubadedelavie, le 24.03.2013
para a mudança, exigente, não será nunca tarde, certamente. - a.-m.
Par António-Manuel, le 20.03.2013
· INSÓLITA ESTÓRIA DUM MENINO SIOUX - 2
· MÁRIO SACRAMENTO E O MAR - p. 4
· Tu es égal à moi - Message d'une fillette de 12 ans
· Pas de blues-dentiste
· Mensagem ou talvez não
· Ao sabor das ondas
· MENINO SONHO
· INSÓLITA ESTÓRIA DUM MENINO SIOUX - 1
· EPITAPHE POUR UN BÉBÉ MASSACRÉ - Dans le ciel de la vie
· UM DOS ARTIGOS SOBRE BIOGRAFIA DE MÁRIO SACRAMENTO
· FLORES CAMPESTRES
· MÁRIO SACRAMENTO E O MAR - p. 1
· ONDA - Barra, 2013
· Marée noire
· BRUMES
Date de création : 09.09.2012
Dernière mise à jour :
12.01.2025
313 articles
O poeta conversa com o mar, companheiro e inimigo, pois nele se revê. Como um homem do mar lutando com o indómito, também ele se perde naquela imensidão, tal como um barco à deriva: procurando bálsamo para a sua tristeza, mais perdido se sente, pois o «ventre galhofeiro» do oceano antropormofizado espraia-se a seus pés em troça; e aquele frieza mais lhe acentua a angústia.
A personificação do monstro «despejando gargalhadas» na areia diferencia-se da felicidade conhecida entre o mar batendo na areia da praia numa união íntima, tal como na canção «O mar enrola na areia»: não, neste poema há luta, há troça, há amargura profunda como no abismo do poema de Baudelaire. Finalmente, o poeta acaba por se sentir existir através desta dualidade . «retrista-me com o teu riso», sem a qual não pode viver.
Que conclusão tirar destas digressões vividas com Mário Sacramento em relação à sua identidade marítima?
De todas as suas andanças, é a paisagem marítima que mais atrai o ensaísta, como confessa no início desta reflexão; também o vai-vem das marés reflete a sua própria vida tormentosa. Aliás, o humanista Mário Sacramento revela-se irmanado com o sofrimento das gentes do mar.
Tem uma profunda necessidade de se mirar nas águas movediças que o embalaram na meninice, de largar as amarras do pensamento para singrar ao sabor das águas. À beira-mar sente-se viver uma liberdade de barco se apetrechando para a aventura de sondar os oceanos literários, pois ali lê poesia e escreve: ali se sente reviver. O médico não seguiu a profissão da família paterna, mas é herdeiro da tenacidade e bravura dos homens do mar, pois enfrenta ventos e tempestades na luta pela liberdade.
E assim se entende que o ensaísta e escritor, nativo da terra dos pescadores bacalhoeiros, se identifica com as suas gentes marinheiras e sente que lhe percorre as veias a febre dum homem do mar.
Referências
Do Autor MÁRIO SACRAMENTO:
Eça de Queirós, uma Estética da ironia,Coimbra Editora, 1945; 2ª ed. : Lisboa, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, 2002
Fernando Pessoa, Poeta da Hora Absurda (1953) Ed. Contraponto, s. d. [1959] ; 3ª ed.: Porto, Vega, 1985.
Diário, Porto, Limiar, 1975.
Ensaios de Domingo III, Porto, Vega, 1990
OUTRAS:
Parracho, Fernando: Vultos Ilhavenses, Câmara Municipal de Ílhavo, 1997.
Engenheiro Senos da Fonseca: Ílhavo - ensaio monográfico do séc. x ao séc. xx, Papiro Editora, 2008.
Vouillot,Eunice Malaquias:Mário Sacramento -1920 1969- Vida e Pensamento Sementes de Liberdade, EditoraCampo da Comunicação, ColecçãoDocumentos, Lisboa, 2012:onde estão editados os contos citados e onde aparecem elementos que servem de base para este artigo.
FIM DO ARTIGO sobre Mário Sacramento e o mar